Brasil Composta Cultiva
Temos o objetivo de reduzir significativamente as emissões de metano provenientes do setor de resíduos, cumprindo as diretrizes estabelecidas pelo Plano Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), aumentando a compostagem e reciclagem de resíduos orgânicos e fomentando a utilização do composto para aumento da fertilidade do solo, diminuindo a quantidade de resíduos encaminhados para aterros sanitários.
O projeto é uma iniciativa do Instituto Pólis, com o apoio do Global Methane Hub e UMI Fund e, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima e a Aliança Global Alternativas à Incineração (GAIA).

ESTRATÉGIAS E ATIVIDADES PRINCIPAIS
Pesquisa
Estruturação de banco de dados, que reunirá estudos de caso e fichas técnicas de sistemas de compostagem e coleta seletiva de resíduos orgânicos compostáveis no Brasil, e produção de estudos sobre reciclagem de resíduos orgânicos para sua promoção e ampliação.
Formação
Realização de webinars, oficinas, cursos online, presenciais e visitas técnicas com públicos diversos, como catadores e catadoras, gestores e técnicos públicos, profissionais do setor.
Mentoria e Assistência Técnica
Apoio técnico ao desenvolvimento de experiências de reciclagem de orgânicos compostáveis no Brasil, visando demonstrar na prática a viabilidade dessas iniciativas e aprender com elas para aprimorar projetos futuros e melhores políticas públicas.
INSTITUTO PÓLIS

O Instituto Pólis, fundado em 1987, sempre atuou junto à sociedade civil, com o objetivo de fortalecer a capacidade de ação autônoma dos movimentos sociais, entidades, fóruns, redes e da gestão pública na construção de cidades mais justas, sustentáveis e democráticas.
O tema dos resíduos sólidos começou a ser tratado no Pólis no início dos anos 90 e no final desse período criou-se uma área que passou a realizar articulações entre atores sociais para promover conjuntamente a luta contra a incineração e pela coleta seletiva de recicláveis com integração de catadoras/es em sistemas públicos de reaproveitamento de resíduos urbanos.
Paralelamente, desde 1993 o Instituto Pólis atua na implementação, fortalecimento e avaliação de ações e políticas de segurança alimentar, promovendo a assessoria a prefeituras e a movimentos sociais, assim como pesquisas e capacitação de atores da sociedade civil visando a melhoria da qualidade de vida e a participação nos espaços de gestão.
Outras Iniciativas
Além da Plataforma Brasil Composta Cultiva, o Instituto Pólis possui uma série de outras iniciativas que compartilham objetivos e esforços para promover o fortalecimento da gestão adequada de resíduos sólidos, segurança alimentar e nutricional, representando uma colaboração coordenada e sinérgica dentro da mesma equipe de projetos.
SÃO PAULO COMPOSTA CULTIVA (SPCC)
O projeto SPCC tem como grande objetivo incidir sobre políticas públicas relacionadas à gestão de resíduos orgânicos e agroecologia e agricultura urbana no município de São Paulo por meio do advocacy e do fortalecimento de cooperativas de catadores, pequenos agricultores rurais de áreas periurbanas e de comunidades vulneráveis. Por três anos, o projeto vêm incidindo no âmbito da Câmara de Vereadores para a aprovação do Projeto de Lei Nº 410/2019 com vistas a criar a obrigatoriedade da Prefeitura desviar a fração orgânica dos resíduos sólidos da cidade aos aterros sanitários e destinar para compostagem e/ou biodigestão, no prazo de 15 anos.
Cidades Comestíveis - Hortas urbanas para combate à fome e soberania alimentar
Busca promover a segurança alimentar e nutricional de famílias em vulnerabilidade social através da implantação de cinco hortas em regiões periféricas. Alinhado ao Programa Sampa+Rural, a proposta considera a importância de contribuir com as ações já realizadas pela Prefeitura e buscar atuar nas ausências já identificadas durante a realização do trabalho.
Caravanas Agroecológicas de São Paulo
Formação para a construção de conhecimentos e troca de experiências entre agricultoras e agricultores do município.
Por meio da Plataforma Sampa+Rural, foram mapeadas mais de 1.000 unidades de produção agrícola no município de São Paulo, entre agricultores familiares e urbanos, hortas comunitárias, hortas institucionais e outras iniciativas. Essas diversas experiências em agricultura urbana possuem desafios comuns, são beneficiários de políticas públicas similares e compartilham os desejos e anseios para o desenvolvimento da prática na cidade. É importante a construção de laços de confiança entre esses sujeitos no município, uma vez que uma rede de agricultores é organizada por favorecer o acesso a mercados, a insumos e a políticas públicas. Além disso, a troca de experiências direta entre agricultores favorece a adoção de técnicas inovadoras de produção e comercialização, além da construção de conhecimentos adaptados às realidades locais.